De janeiro a julho deste ano, mais de mil companhias fizeram pedido de recuperação no Brasil; a maioria é formada por micro e pequenas empresas

A Serasa Experien divulgou nesta segunda-feira (08) o indicador de Falências e Recuperações de julho, que contabilizou 175 pedidos de recuperação judicial no mês, uma alta de 4,2% em relação a junho deste ano. Já na comparação com o mesmo período de 2015, os pedidos feitos pelas empresas aumentaram 29,6%.
As micro e pequenas empresas lideraram os requerimentos de recuperação judicial em julho de 2016, com 122 pedidos, seguidas pelas médias, com 36, e pelas grandes empresas, com 17.
No acumulado do ano, já são mais de 1.000 pedidos de recuperação judicial: de janeiro a julho de 2016, aconteceram exatos 1.098, sendo 75,1% a mais do que o registrado no mesmo período em 2015 – quando as ocorrências foram de 627.
Se a comparação for feita com o mês de julho de 2014, a discrepância é ainda maior: são 1.098 este ano contra 476.
No acumulado de 2016, as micro e pequenas empresas tiveram 657 pedidos, seguidas pelas médias, com 282 e pelas grandes empresas, 159.
Falências
O Indicador da Serasa também avaliou os pedidos de falência no País. Neste cenário, houve uma queda de 3,1% nos pedidos entre junho e julho deste ano. Em números absolutos, foram 189 pedidos em julho e 195 em junho deste ano.
Já na comparação ano a ano, foi encontrada uma alta nos pedidos de falência de 9,2%, sendo que foram feitos 173 em julho de 2015 e 189 em julho de 2016.
Na verificação mensal de junho, as MPEs também ficaram na frente com 108 requerimentos, seguidas pelas grandes empresas, com 44, e as médias, com 37.
De janeiro a julho, foram realizados 1.058 pedidos de falência em todo o Brasil, o que significa um aumento de 9,0% em relação aos 971 requerimentos efetuados no mesmo período em 2015.
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Já na comparação com o primeiro semestre de 2014, o número de pedidos de falência este ano subiu 13,4%. Dos 1.058 requerimentos de falência efetuados de janeiro a julho de 2016, 559 foram de micro e pequenas empresas, 248 de médias e 251 de grandes.
Segundo os economistas da Serasa Experian, apesar de alguns sinais tênues de recuperação, o baixo dinamismo econômico e as altas taxas de juros continuam pesando sobre a saúde financeira das empresas, acarretando elevadas quantidades de pedidos de falências e de recuperações judiciais.
Entenda as diferenças
Recuperação Requerida
Quando a empresa entra com o pedido de recuperação em juízo, acompanhado da documentação prevista em lei, e que será analisado pelo juiz. Neste momento, verificará se o pedido poderá ser aceito.
Recuperação Deferida
A documentação foi analisada pelo juiz e está correta e o pedido pode prosseguir para a próxima etapa, que será a apresentação do plano de recuperação, mas isso não significa que a recuperação será concedida.
Recuperação Concedida
Uma vez que passou por todos os passos e cumpridas as exigências de lei, foi acatado o pedido, quando a empresa permanecerá em recuperação judicial até que se cumpram todas as obrigações previstas no plano.
*As informações são da Serasa Experian
Fonte: Economia – iG @ http://economia.ig.com.br/2016-08-08/recuperacao-judicial-empresas-brasil.html